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José Mauro Coelho pede demissão e deixa a presidência da Petrobras

Informação foi divulgada pela companhia nesta segunda-feira (20), quase um mês após o executivo começar a ser pressionado pelo próprio governo diante reajuste no preço de combustíveis.


Foto: André Ribeiro/ Agência Petrobras


A Petrobras divulgou nesta segunda-feira, 20, que José Mauro Coelho pediu demissão da presidência da estatal e que o Conselho de Administração da empresa irá examinar a nomeação de um presidente interino. A renúncia abre espaço para que o novo presidente indicado pelo governo, Caio Paes de Andrade, do secretário de desburocratização do Ministério da Economia, assuma o cargo em breve.


A estatal também anunciou nesta manhã que o diretor de Exploração e Produção, Fernando Borges, ficará como presidente interino. Agora, o Conselho de Administração da empresa terá de se reunir para nomear Caio Paes de Andrade como membro do Conselho para que ele possa assumir a presidência e promover mudanças na diretoria, como quer o presidente Jair Bolsonaro.


Na última sexta-feira (17), o Bolsonaro reagiu ao anúncio de reajuste dos combustíveis da Petrobras e sugeriu a criação de uma CPI para investigar diretores da companhia e o conselho de administração. A medida tem apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e será avaliada ainda nesta segunda em reunião de líderes.


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As ações da Petrobras, que abriram em queda e cujas negociações foram suspensas duas vezes nesta manhã após mudança no comando da companhia, inverteram o sinal e passaram a subir 1,17% (ON) e 1,54% (PN) por volta das 14h08.


Em relação à mudança no comando, a corretora Ativa Investimentos avaliou que a nova gestão da Petrobras será mais conservadora na aplicação de reajustes de preços de derivados.


"Vale apontarmos ainda que, mesmo com os aumentos anunciados sexta-feira e aplicados no sábado para a gasolina e o diesel, o preço praticado pela petrolífera em suas refinarias ainda está abaixo do visto internacionalmente e deverá continuar apresentando relativo grau de defasagem durante a próxima gestão", disse a corretora, em nota.

A Ativa destaca porém, que a saída de Coelho pode abaixar a pressão extra-corporativa que vem se registrando sobre a companhia nas últimas semanas e tomou maior proporção na sexta-feira, quando propostas como a tributação de exportação de petróleo cru e a abertura de uma CPI foram aventadas.


"Reforçamos nosso entendimento quanto a atratividade do valuation atual da companhia mesmo diante da atual conjuntura e acreditamos que uma normalização do cenário deve amenizar as pressões sofridas pela ação da companhia nos últimos dias."


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