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Infantino é reeleito para comandar Fifa até 2027 e manda recado a críticos: “Amo todos vocês”

Presidente da entidade confirmou que a receita atingiu níveis recordes no último ciclo de 2019-22, mas prometeu aumentar substancialmente novamente com a expansão dos torneios da Copa do Mundo masculina e feminina e a introdução do Mundial de Clubes com 32 times


Presidente da Fifa Gianni Infantino após ser reeleito para comandar a Fifa entre 2023 e 2027, no 73º Congresso da Fifa, em Ruanda.Tom Dulat - FIFA/FIFA via Getty Images


Gianni Infantino foi reeleito presidente da Fifa durante o 73º Congresso em Kigali, capital de Ruanda, nesta quinta-feira (16), prometendo receita recorde de US$ 11 bilhões para o ciclo 2023-27.


Infantino não teve candidaturas de oposição, tornando sua reeleição como chefe do órgão dirigente do futebol uma formalidade, mesmo que ele não seja universalmente popular entre as associações-membro e tenha se envolvido em controvérsias, incluindo o tratamento de trabalhadores migrantes na preparação para a Copa do Mundo do ano passado no Catar e uma tentativa falha de transformar o torneio em bienal.


“É uma honra e um privilégio incríveis e uma grande responsabilidade”, disse Infantino. “Prometo continuar servindo a Fifa e o futebol em todo o mundo”, acrescentou.


“Aos que me amam, e sei que são muitos, e aos que me odeiam… amo todos vocês”, complementou em recado a seus críticos.

Infantino confirmou que a receita da Fifa atingiu níveis recordes no último ciclo de 2019-22, mas prometeu aumentar substancialmente novamente com a expansão dos torneios da Copa do Mundo masculina e feminina e a introdução do Mundial de Clubes com 32 times.


“As receitas subiram para um recorde de US$ 7,5 bilhões (até 2022) em um período atingido pela Covid-19. Quando cheguei, as reservas da Fifa estavam em cerca de US$ 1 bilhão, hoje estão em quase US$ 4 bilhões”, disse Infantino.


“Prometemos um novo recorde de receita de US$ 11 bilhões para o próximo ciclo, e o novo Mundial de Clubes não está incluída nesse valor, então pode aumentar em (mais) alguns bilhões”, acrescentou.


Infantino disse que a Fifa continuará revisando o sistema de transferências de jogadores para “melhorar a transparência” e sugeriu que a organização possa discutir um teto salarial.

“Devemos melhorar nossos regulamentos e os estatutos da Fifa. Continuaremos a desenvolver nossos princípios de boa governança e examinar o sistema de transferências, e talvez ter uma discussão para melhorar a transparência das taxas de transferência e salários”, afirmou.


“Pode ser necessário introduzir um limite, temos que pensar como podemos fazer isso. Vamos analisá-lo com todas as partes interessadas e ver o que podemos fazer”, concluiu.


Polêmicas


Em meio ao sucesso financeiro de seus sete anos no cargo, Infantino também cortejou polêmicas que o tornaram impopular com algumas associações da entidade esportiva.


Ele acusou os críticos do histórico de direitos humanos do anfitrião Catar de hipocrisia e racismo.


O torneio no Estado do deserto levou a uma quantidade significativa de discussão política sobre o tratamento do anfitrião ao trabalho migrante, sua abordagem aos direitos LGBT e as ameaças da Fifa de penalizar os jogadores por declarações políticas.


Isso incluiu a proibição da braçadeira “One Love”, que atraiu a raiva de vários.


A Fifa já havia falado sobre a criação de um fundo para ajudar e compensar os trabalhadores migrantes que ajudaram a construir os estádios e outras infraestruturas para a Copa do Mundo, mas até agora nenhum plano concreto foi revelado e Infantino não fez menção a isso em seu discurso desta quinta.


Ele sugeriu que a Fifa havia limpado sua atuação em relação à governança. “Cada dólar que está sendo investido em projetos e associações passará por uma auditoria independente. Dinheiro não se perde mais”, disse.


“É por isso que as instituições recuperaram a confiança na Fifa. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos nos devolveu mais de US$ 200 milhões roubados por funcionários corruptos. Nós reinvestimos isso no futebol”, completou.


Grupos de bem-estar dos jogadores questionaram a decisão da Fifa de expandir a Copa do Mundo masculina de 64 para 104 jogos, mas Infantino diz que é preciso haver mais futebol jogado em todo o mundo.


“Quando ouço que há futebol demais, sim, talvez em alguns lugares, mas não em todos. Na verdade, na maior parte do mundo não se joga futebol o suficiente”, argumentou.

“Precisamos de muito mais e não menos competições, queremos que o futebol se desenvolva em todo o mundo”, declarou.


“Estamos discutindo a organização de um Mundial de Clubes feminino e um World Series da Fifa em março a cada dois anos, quando os times não podem disputar as eliminatórias.”


Fonte/foto: CNN Brasil

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