Com a chegada do verão e as altas temperaturas, a grande incidência de raios solares traz uma grande preocupação: o câncer de pele. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a doença atinge cerca de 185 mil pessoas anualmente. Com o objetivo de conscientizar a população sobre o assunto, em 2014 a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) criou a Campanha Dezembro Laranja.
De acordo com os dados da SBD, em 2022, a região Sul do Brasil contou com o maior número de diagnósticos de câncer de pele (melanoma maligno da pele) no país, contabilizando 1.594 casos (sendo mais de 40% do total registrado). Além disso, o Paraná apresentou 631 diagnósticos (sendo 39% das incidências).
Tipos de câncer de pele
Os mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares. Já o melanoma é o tipo mais agressivo e raro de câncer de pele. Confira como cada um deles se desenvolve.
Câncer de pele não melanoma:
Causado pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Esse tipo é o mais frequente e de menor mortalidade, desde que seja detectado e tratado precocemente. O não melanoma é representado pelos seguintes tipos:
Carcinoma basocelular: Menos agressivo, atinge as células presentes na camada mais profunda da epiderme (parte externa da pele) e se caracteriza por uma lesão (ferida ou nódulo);
Carcinoma espinocelular: Atinge as células escamosas, formadoras das camadas superiores da pele. Surge por meio de uma ferida ou acima de uma cicatriz, principalmente as decorrentes de queimadura. A maior gravidade do carcinoma espinocelular se deve à possibilidade de apresentar metástase (espalhar-se para outros órgãos).
Câncer de pele melanoma:
Origina-se nas células produtoras de melanina (substância que determina a cor da pele). Ele é mais frequente em adultos brancos, tem uma grande chance de se espalhar para tecidos e órgãos vizinhos e pode aparecer em qualquer parte do corpo, pele ou mucosas, sendo em forma de manchas, pintas ou sinais (sobretudo nas áreas mais expostas à radiação solar). Nos indivíduos de pele negra, o melanoma é mais comum em áreas claras (palmas das mãos e plantas dos pés). Nos últimos anos, houve uma grande melhora na sobrevida dos pacientes com melanoma, devido à detecção precoce do tumor e à introdução dos novos medicamentos imunoterápicos.
(Fonte: Ministério da Saúde / INCA).
Fatores de risco
Histórico familiar de câncer de pele;
Pessoas de pele e olhos claros, com cabelos ruivos ou loiros;
Cidadãos que trabalham frequentemente expostas ao sol, sem uma proteção adequada;
Exposição prolongada e repetida ao sol na infância e adolescência.
Sintomas
Os tumores de pele podem se assemelhar a pintas, eczemas ou outras lesões benignas. Portanto, é muito importante conhecer o próprio corpo e saber em quais regiões existem pintas faz toda a diferença na hora de detectar qualquer irregularidade. Somente um exame clínico feito por um médico especializado ou uma biópsia podem diagnosticar o câncer da pele, mas é importante estar sempre atento aos seguintes sintomas:
Lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente;
Pinta preta ou castanha que muda sua cor e textura, além de ficar irregular nas bordas e crescer de tamanho;
Mancha ou ferida que não cicatriza e que continua crescendo, apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.
Prevenção
Em mais de 80% dos casos, o câncer de pele ocorre na região da cabeça e do pescoço, ou seja, nas áreas mais comumente expostas ao sol. Ao adotarmos hábitos preventivos, podemos reduzir os casos da doença e promover uma melhor qualidade de vida.
Evite uma exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h;
Use sempre uma proteção adequada, como: bonés ou chapéus de abas largas, óculos escuros, barraca e filtro solar que tenha um fator de proteção 30 (FPS) ou superior;
Usar o filtro solar apenas uma vez durante todo o dia não protege por longos períodos. É necessário reaplicá-lo a cada duas horas, durante a exposição solar. Mesmo filtros solares “a prova d’água” devem ser reaplicados;
Beber muita água;
Procurar lugares com sombra;
Usar calça comprida e camisa de manga longa.
Tratamento
Se o diagnóstico for confirmado, a Lei nº 12.732/12 estabelece que o Sistema Único de Saúde (SUS) tem até 60 dias para iniciar a terapia em um centro de tratamento oncológico.
Os melanomas em estágios iniciais, normalmente, são tratados apenas com a remoção cirúrgica e, após a operação, o paciente deverá seguir em acompanhamento médico. Já os melanomas avançados ou metastáticos podem requerer terapias complementares. Atualmente, para esses casos, o SUS oferece quimioterapia e radioterapia. Caso o paciente necessite de um medicamento não coberto pelo SUS, precisa recorrer a ações judiciais.
Em São José dos Pinhais, as pequenas lesões são tratadas no Centro de Atendimento Multiprofissional (CAM). No caso de lesões maiores, os pacientes são encaminhados para os hospitais de referência, localizados em Curitiba.
Fonte: Prefeitura de São José dos Pinhais
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